Escolhi
amar-te há 8295 dias, serão muitos? Talvez se os contássemos possam ser, mas
não para mim, não para ti, amamo-nos de novo a cada dia, a cada noite… Celebremos
hoje o dia na noite, celebremos no corpo, com o corpo a decisão da alma. Deixa
que nossos corpos se encontrem, que nossos corpos se procurem, que preencham o
espaço vazio entre nós, que celebrem a vida, o encontro, a decisão, deixa que
se amem livremente, sem que a mente os iniba.
-procuro-te
onde antes me procuravas, encontro-te onde antes me encontravas, espero-te em mim
onde antes me esperavas, pois em ti também escolho amar-te.
Celebremos
apenas o desejo divino da fala gestual, corpos que se encontram, no diálogo do
tato, da sensibilidade da pele, onde as palavras se calam, onde as respirações
se encontram, as batidas se sincronizam, onde as falas não se articulam, onde
as frases são sussurradamente gemidas.
Celebremos
apenas no encontro do tempo, onde nossos corpos se anulam, na celebração máxima
do verbo Amar. Celebremos pois apenas na luminescência sedutora do perfume dos
nossos corpos, onde nem a luz é necessária!
Alberto Cuddel®