domingo, 26 de janeiro de 2014

Espero!


Espero,
Sabes que sim,
Mesmo na vã esperança,
Espero,
Sabes que sim!
Pela memoria terna,
Do quente passado,
Espero,
Sabes que sim!
Ansiosamente o retomar,
Das libidinosas loucuras,
Do expoente ardente da paixão,
Espero,
Sabes que sim!
Pelo terno abraço,
Que nos envolve,
No silêncio da nossa solidão,
Espero,
Sabes que sim!
Peço-te apenas que esperes também!

sábado, 25 de janeiro de 2014

Desencontros...

Saudades de teu cheiro,
Teu quente toque,
Teu calor, teu sabor,
Saudades dos inebriantes jogos de palavras,
Saudades do ter tempo,
Saudades do contigo perder o tempo,
Saudades do agarrar, do soltar,


Do prender, do deixar fugir,
Saudade do beijo,
Da loucura do desejo,
De me perder em teu cabelos,
De embrenhar no teu louco sorriso…






Do compasso do movimento,
Em ritmado sentimento,
Que nos arrebata e aprisiona
Na cadencia do momento,

Aceso desejo!...


sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

As ideias que nunca te direi,

Soltam-se palavras rodopiando,
Articulam-se frases fervilhando,
Aprisionadas no emaranhado dos neurónios,
Configurando enfadonhas teorias em binómios,
Pares opostos na eterna dicotomia,
Amor ou ódio, o bem ou o mal,
Mas que mal isso me fazia,
Palavras soltas retiradas de um jornal,
Pobres ideias, discursos ensaiados,
Repetidos e gritados ate à exaustão,
Aprisionados e querendo sair,
Desta caixa de cinza massa,
Querendo ver a luz do dia,
Transformarem-se em sons,
Em articuladas orações,
Para de novo serem aprisionadas,
Debatidas, escortinadas,
Ideias essas aprisionadas,

Querendo apenas ser palavra….

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Ano Novo


Nasce tímido e sombrio,
O Novo Ano encoberto,
Sem esperança no futuro,
Nos impondo o velho casmurro,

Novas e velhas medidas,
Que nos retiram a qualidade,
Da nossa já sofrida vida,
Ai tempos idos, ai saudade,
Dessa outra verdade,
Que oculta se esconde,
Da leviana vida que vive o Visconde…
Que do alto do seu pedestal,
Nossa vida desgoverna,
Como meros trocos na taberna,
Nos rouba o pão nos impostos e tal…
Pobre vida a nossa,
Que mansos e sem revolta acatamos,
Estes desgovernos mundanos,
Desses outros estrangeiros,
Que são verdadeiramente os seus Amos….