sexta-feira, 27 de junho de 2014

Caminhos...

Seguimos caminhos paralelos sem destino,
Cruzados e entrelaçados na liberdade individual,
Vidas sofridas na busca de momentos,
Correndo atalhos, fazendo desvios,
Pisando e maltratando a natureza envolvente,
Deixando cair, espalhando semente,
Porque não buscamos um rumo?
Um porto seguro? Algo atingir?
Ora correndo, ora parando,
Calcorreamos os caminhos da vida,
Marcando e remarcando os caminhos do ambiente…

E tantas outras vezes apenas seguimos a multidão de gente….


terça-feira, 24 de junho de 2014

Amar é uma decisão!

Amar é decisão,
A cada dia, cada manha,
É discutir, é sofrimento,
É para a paz arranjar um jeito,
É cuidar, é amar cada momento,
É dar, e não esperar,
É sofrer só por calar,
É a cor da rosa ao acordar,
É o beijo do despertar,
É acompanhar,
É cair do desespero e levantar,
É dormir na desilusão,
E acordar para a paixão,
É reinventar um sentimento,
É voltar-se apaixonar por um momento,
É a saudade da ausência,
É pedir e ter paciência,
Nos bons e nos maus momentos,
É viver com o coração,
Amar é a única decisão!
 
Alberto Cuddel®
 

sábado, 21 de junho de 2014

Novo olhar!

De novo a doçura do teu olhar,
Que me embriaga e me deixa enganar,
Aquele que me levou por ti apaixonar,
De novo se acende um fogo entretanto esquecido,
De novo sentimentos que tenho por ti reprimido,
Que muito me têm feito sofrer, não por não os querer,
Mas que por ti não os posso manter,

Porque amiga, só isso tu queres ser!


Ferido de morte!

Assim estou a esvair-me…
Sem que seja já possível estancar…
Pela anemia do sentimento….
Pela falta de plaquetas das acções…
Compressas de amizade não chegam…
Anseio uma dádiva verdadeira,
Por uma transfusão sem interesse…
Pois estou ferido…
Por feridas repetidas,
Por purgas,
Por transfusões pedidas…
Sem que levassem a cura…
Estou ferido de morte…
E assim me abandono…
Sabendo que voluntariamente,
Entreguei meu corpo,
Meu coração, minha alma…
Apenas por devoção a um sentimento…
A uma decisão…

De Amar eternamente….

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Doentio sentimento!

Não me suportes,
Não me sustentes,
Deixa-me cair vertiginosamente,
Nos delírios da melancolia!
Não me prendas,
Não me agarres,
Numa realidade tortuosa,
Num abraço de loucura!
Larga-me na fuga,
Esquece a existência,
Negra e doentia consciência,
Cismática doença,

Minha que te sufoca!

terça-feira, 17 de junho de 2014

"Choro porquê? "

Choro por tão presente estar o sofrimento do passado,
E talvez chore com medo de voltar a sofrer no futuro.
Choro porque estou feliz por te ter conquistado,
E talvez chore com medo de te perder.
Choro quando de ti tenho saudade,
E talvez chore com alegria de te voltar a ver.
Choro pelo muito que te quero,
E talvez chore por não te ter como queria.
Choro por medo ou confiança,
E talvez chore por tristeza,
Ou quem sabe por alegria.
Choro quando estas perto,
E quando estas longe,
Choro apenas porque te amo!
Ana Sousa

31/10/2000

terça-feira, 10 de junho de 2014

Acordar!


 Terno e doce amanhecer,
Nas pequenas gotas de orvalho,
Sono desperto do sonho acordado,
Calor do leito no abraço amado,
Fazer de novo num novo dia,
O que não foi feito em outro dia,
Viver primeiro como ultimo fora,
Amar de novo, fazer de novo,
Ver de novo com outro olhar,
De novo adormecer, para no sonho acordar!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

sindroma do olhar

A beleza da rosa não está no olhar,
Não está no seu doce perfume,
Está num coração apaixonado,
Que olha a rosa inebriado!


Novo Rumo!

 
Procuras um rumo,
Interiorizas projetos,
Persegues um sonho,
Esboças caminhos…
Mas segues pelo vento,
Numa rota indefinida,
Segues o traço certo,
Destinado pela vida!
Queres esquerda,
Enviam-te pela direita,
Queres subir, puxam-te para baixo,
Porque não pode a vida ser perfeita?
 

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Busca!


Verdes prados, profundo ser,
Raiar claro ao entardecer,
Flores na mão feita criança,
Vai depressa sempre a correr.

Neblina que chega,
Dourado vivido,
Pela estrada sem fim,
O fruto alcança,
Na voz a esperança,
Nos lábios o sorriso,
No peito o sonho,
De o alcançar por fim!
Verdes prados, profundo ser,
Partes para longe…

Sempre a correr!

domingo, 1 de junho de 2014

Na Margem!


Vi em fuga o passado,
Correndo, agitado pela espuma do tempo,
Saltando entre pedras gastas pela corrente,
Corre ora branco, ora cinzento,
O passado já esquecido,
Na água que moinho não move!

Anseio novas rio abaixo,
Trazidas pela corrente,
Folha solta do ventre,
Desta grandiosa floresta,
Que humanidade conquista,
Molda e destrói, para satisfações terrenas,
Esquecendo que a felicidade é tão somente,

Um grande amontoado de muitas coisas pequenas!