quarta-feira, 30 de julho de 2014

Fim de tarde...

No fim da tarde que se aproxima,
Chega tímida e pacata a neblina,
Um arrepio sentido,
Um aconchego, um abraço,
Um casaco pelas costas,
Um terno beijo molhado,
Longe do mundo,
Num banco sentados,

Em silêncio abraçados!

terça-feira, 22 de julho de 2014

Tentação traída!

Nego e renuncio,
Ao Amor tardio e fora de tempo,
Ao enredo tecido por teu corpo esguio,
No fusco sentir do sabor a mar,
No terno anoitecer das doces palavras!

Não,
Não me irás levar,
Nada me faz vacilar,
Nem promessas no desejo,
Nem o sabor do longo beijo,
Calor de teu corpo desnudado,
Oferecido por puro prazer dado!

Não,
De nada vale a doce tentação,
Pois eu tenho no coração a noção,

Que nunca deixei de ser Amado!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Fuga...

No fino talhado dos ramos quebrados,
Pela brisa apressada que sopra sem destino,
Varrendo estradas vazias de nada,
Em mesmo passando não te vais lembrando,
Que quebrado deixas-te meu pranto,
No abandono solitário da brancas paredes,
Do frio e gelado gritante quarto,

Que clama agora desesperado tua ausência!

domingo, 20 de julho de 2014

Fome!!!!

Tenho fome,
Das quentes palavras,
Que me levam a ti,
No doce acordar,
No calor do teu leito!

Tenho fome,
De ser luz do teu dia,
Calor no teu rosto,
Cheiro no ar,
Do café da manhã!

Tenho fome,
De vida,
Do forte pisar na erva molhada,

Tenho fome de ti…
 
Alberto Cuddel®
 
 

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Felicidade,


Deprimente busca a nossa,
Na constante corrida por um sentimento,
Por um sorriso estampado no rosto,
Pela alegria do momento!

Na corrida pelo pleno,
Não olhando para o lado,
Perdemos fragmentos,
Ternos e belos que nos iluminam o ser,
Feliz o que vê, se detém, por um sorriso,
Um imagem, uma palavra, um abraço,
Arrancado do regaço
De um mendigo esquecido,
Numa qualquer esquina do caminho,
Que percorremos ofuscados,
Por ideais rebuscados!

Pará,
Acorda,
A felicidade esta em ti,
Olha no espelho e sorri,
Faz alguém feliz!




terça-feira, 15 de julho de 2014

Quero sem saber…



Quero sem saber que desejo,
Desejo sem saber que quero,
Entristeço-me na alegria,
Alegro-me na tristeza,
Sinto que tudo está mal,
Mesmo que tudo esteja bem,
Quero-te perto quando estas longe,
Quero-te longe quando estás perto,
Quero que fales no silencio,
Quero silencio quando falas,
Quero que me ames quando estas distante,
Quero-te distante quando me amas,
Choro sem saber porque,
Sabendo o porque não choro,
Quero-te meu sem partilhar,

Quero-te sem saber como te ter….

sábado, 12 de julho de 2014

Alentejo!

Fraco nascer do sol a queimar,
Deserto esquecido de vagas palavras,
Queimadas ideias de fogo fingido,
Tempo fugido do calor esquecido,
Fuga para a frente de rosa procuro,
No fresco liquido refugio encontro,
Caminho sem destino na lenta agonia,
Do pensamento caído na triste melancolia,
Da falta de força que o calor arrebata,
Alentejo esquecido, no tempo e no ser….
Corro para a frente de quem quer fugir,

Do calor que o homem no ser viu nascer!