Não é desgosto, não é saudade,
Não é paixão, não é ansiedade,
Este fogo que em meu peito
arde,
É amor, é alegria, é tristeza,
é vontade,
De te ver, de te abraçar, de
te tocar,
Nas noites de solidão, nos
dias entre gente,
No correr da viagem, neste
vago deserto,
E tudo preso dentro do peito,
Querendo sair formando correntes,
Palavras presas por entre os
dentes,
Amontoadas na tinta da pena,
Quietas não apertadas num
teclado,
E eu assim quieto, mudo e
calado,
Sufocando sobe o fogo que em
meu peito arde,
Por querem a mentira e só sei
dizer verdade!
Alberto Cuddel
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