Mostrar mensagens com a etiqueta Saudade. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Saudade. Mostrar todas as mensagens

sábado, 7 de março de 2015

Quarto




Na janela do meu solitário quarto iluminado,
Cantam pássaros a solitária canção do acordar,
Parapeito da saudade, no assim ter despertado,
No leito vazio outrora ocupado no ato de amar!

Há, vontade de aqui ficar aninhada no teu calor,
Saudade da copiosa forma de teu corpo em mim,
Querer, vontade, alma minha entregue no teu odor,
Lençóis suados bem amarrotados neste mar carmim!

Que dor esta a da saudade, onde o querer me faz voar,
Perdendo noção do tempo, aninhada no teu leito,
Recostada no calor do teu peito onde me vejo sonhar.

Sol que me aquece a alma nos quentes raios de luz,
No som envolvente da tua excitante e quente voz,
Que nos bons dias, não alivia da triste saudade a cruz!

Alberto Cuddel ®

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sonho corrido!



Poesia,
Gritos ecoam por entre neurónios entorpecidos,
Dormentes do cansaço, as palavras que rodopiam,
Doem mastigadas, impeditivas do repouso, do dormir,
Reescrevo vezes sem conta todos versos já escritos!

Palavras,
Seguem compassadas numa absoluta perfeição,
Nascem, uma após outra e seguem a sucessão,
Formando orações, frases, versos, poemas intermináveis!

Amor,
Combustível que me move, na vontade de seguir,
Elo inabalável da vontade de permanecer na união, 
Na total comunhão da alma, compreensão dos corpos,
Fio condutor da linha da vida, partilhada na imortalização,
Das palavras decididas, assumidas no desejo uno!

Queda,
Solidão momentânea na tristeza que inunda o ser,
Imobilidade, sem desejo, querer ou vontade,
De se mover psicologicamente para longe do abismo,
Curiosidade mórbida de entender a mecânica
Do passo em direcção ao nada!

Fuga,
Corrida a passos largos sem sair do lugar,
Escondendo fino desejo de parado ficar,
Tudo roda em tua inquieta permanência,
Apenas o sonho te leva para longe deste lugar!

Sonho,
Ai o sonho,
Se sonho durmo,
Se durmo descanso,
Se descanso posso parar,
Se paro para quê mais pensar,
Se não penso para quê mais escrever,
Intermináveis versos sem sentido, num sonho agora tido!

Alberto Cuddel

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Apenas uma rosa!



Por entre pétalas, nosso dias,
Preludio de noites esquecidas,
Momentos passados, eternizados,
Impregnados em tua pele,
Gravados no auge da loucura 
Memória? Sonho presente a cada hora,
Felicidade jurada, decidida a dois,
E eu quieto, aninhado no teu peito,
Desflorada madrugada, acordados no raiar,
E assim do nada, apenas abraçar,
Memória escrita, sofrida em nós,
Rosas do nosso longo viver,
Nascidas, forjadas, no duro caule
Verde na esperança, nos espinhos da vida,
Nas verdes folhas, de onde caem secas 
As daninhas, que o tempo apagou,
Até aos estames, apogeu do sentir,
Desfolhando pétalas sem fim,
Veludo da tua perfumada pele,
Frágil, carente, cuidada, amada!

Fada, que nos acolheu, aqui e ali cuidando
Podando, guiando, alguém desconfiando,
Pelos gnomos diabólicos que passando,
Infestação diabólica corrompida do passado,
Dias que agora escrevemos nas pétalas,
Que na vida vamos desfolhando,
E eu? 
Apenas carinhosamente aninhado no teu peito,
Porque no fim, no fim somos, como decidimos,
Somos a felicidade que fazemos!

Alberto Cuddel

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Conflito!

Na discórdia do orgulho,
No “eu” cansado e gasto,
No retribuir o cansaço,
Palavras disparadas como balas,
Esgrima infrutífera de frases,
Desconexas deixadas no passado,
Perguntas sem respostas,
Respostas silenciadas às não perguntas!

Silencio,
A queda,
A pergunta,
O perdão!

Porquê?

As lágrimas,
O baixar a guarda,
O depor a arrogância,
Antes empunhada com orgulho,
A Paz,
O abraço desejado,
O dialogo, promessas,
O beijo longo e demorado!
O olhar, o carinho,
O limpar a lágrima caindo!
Afinal na guerra apenas queremos a Paz!...


domingo, 27 de abril de 2014

Estou farto de Ti,


Estou farto de viver!
Estou farto de comer!
Meu desejo puro e sóbrio, morrer!
Aspiro toda a perfeição do sono eterno,
Capacidade pura e simples do não movimento,
As trevas obstruem o meu pensamento,
Busco em Platão, a transcendência e lucidez,
Deslumbramento e capacidade,
De pura destruição,
Violência e altivez,
-MAR-
Procuro sentido do Perdoar!


Porto 12/11/1994