terça-feira, 30 de setembro de 2014

momento errado!

Cheguei no momento errado,
Sonho que deveria ter acordado,
Perdido assim, assim encontrei,
No desmaio sofrido, do anjo caído,

Tarde ter chegado, sem decidir ter amado,
Perdeu sua graça, caindo em desgraça,
Assa quebrada, tristeza caída, sofrido pesar,
Na certeza, confirmada do sonho velado,
Sofrendo acordado no desejo sentido,

De por ti um dia ter sido AMADO!


Amarras

Vivo amarrado ao passado,
Raízes que me impedem de voar,
Que me cegam, que me envolvem,
Que me sufocam, preso a esta terra!

E tu pacientemente a meu lado,
Acarinhado, sossegando, no amor,
Esperando, cortando aqui e ali,
A dura prisão, a forte ligação,
Que me impede de sair e partir!

Para em teus braços repousar,
Teus braços estendidos que me esperam,
Assim te vejo amar em silencio,
Na triste espera do desejo,
Do abraço, do beijo,
Tu perfeita rainha,

Que a meu lado me amparas!

Anjo protector!

Neste mundo,
De sonho dourado,
No fogo do desejo talhado,
Abro a assas e estremeço,
Neste luar prolongado,
Oculto, em que te envolvo,
Sonho nosso,
Sonhado acordado,
Abraço, assim te protejo,
Te torno minha,
Só minha,
Na loucura do beijo,
O toque,
Envolto nas assas,
Do quente sentir,
Sangue que corre,
A cada batida,
Sincronizados,
Loucos movimentos,
Apaixonados,

Perpetuando o momento!

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Um dia sonhei…

Ser livre e voar…

Subir nas corrente douradas do amor,
Partir a bolina do terno desejo,
Repousar em teus braços,
Poder sentir o calor do beijo,
Ouvir tua voz, ver teu rosto,
Viver o verdadeiro sentir…
O verdadeiro desejo de amar…

Mas assim apenas estava a sonhar,
No meu despertar me vi amarrado,
Preso, seguro pelo cadeado,
Pelo amargo ser da realidade,
Fechado em mim,
Na falta de coragem de o abrir,
Na falta do querer,
Preso ao passado,

Sem saber se valeria a pena ter voado!


sábado, 27 de setembro de 2014

O tempo que não passa!

Assim no nada,
Sento, esperando o tempo passar,
Olho,
Olho de novo,
Não vejo ninguém chegar,
Aqui fico parado,
Sentado neste lugar,
Penso,
Sim, porque também sei pensar,
Em ti,
Em mim,
Onde isto nos vai levar!
Olho,
Olho, de novo,
E não vejo ninguém chegar!
Aqui fico,
Assim olhando,

Apenas a beleza do lugar!



Em Ti!

No calor do desejo,
Me tens amarrado a ti,
Seduzido, preso em teu olhar,
Lascivo e ardente desejo…
No morder do lábio,
Me prendes a ti,
Me levas ao calor do teu corpo,
Como íman atraído por teu ser,
Me fazes colar a ti,
Força oculta que me corrói,
Que me impede a própria vontade,
Enfeitiçado por teu suave toque,
Com fome de teu corpo,
Com sede do teu desejo,
Quero teu corpo em meus lábios,
Ouvir seu gemido,
Sua respiração ofegante,

Você implorando por mim…

Por : Albert Cuddel


Sonho!


Mundo dos sonhos,
Nascido das trevas do desejo,
Luz que me ilumina as noites,
No doce e quente sabor do beijo,
Mundo alado, castelo encantado,
Edificado nas montanhas do querer,
Correm forte no tremor do toque,
As vontades pelo sangue fervendo,
Que o corpo estremecem,
E o fazem por inteiro entregar,
A luxuria do prazer,
Que é,
de noite sonhar!


Por: Albert Cuddel

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Anjo Alado!


Quero ser o teu anjo…
Ter asas para partir e voar,
Pelos teus sonhos na noite,
Levar-te ao longínquo firmamento,
Fazer-te minha por inteiro,
Desejo divino de ser teu,
De sermos um, do beijo, do desejo,
O céu como limite ao prazer sem medida,
Desnudar nossos corpo de luz,
Prazer ao toque de uma estrela,
No embalo musical da aurora,
Abraço dos corpos celestes,
O pulsar de um quasar,
Na nebulosa explosão dos sentidos,
Fazendo da via láctea nosso leito,
Apenas num desejo,
Quero ser teu anjo,
Voando no teu sonhar!




Poema!


Escritos que estão os versos trocados,
 As rimas perdidas, e sonetos pintados,
Vejo-me assim sem nada a escrever,
Por palavras tristes, que triste sofrer!

Quero sorrisos no rosto estampados,
Quero beijos quentes na boca trocados,
O fogo do amor ardendo dentro do peito,
Não quero ficar aqui sem nada ter feito!

Quero escrever, quero falar, tudo dizer!
Não quero guardar, não quero esconder!

Quero ser livre, quero ser eu, quero viver!

Alberto Cuddel®

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Fogo!

Não é desgosto, não é saudade,
Não é paixão, não é ansiedade,
Este fogo que em meu peito arde,
É amor, é alegria, é tristeza, é vontade,
De te ver, de te abraçar, de te tocar,
Nas noites de solidão, nos dias entre gente,
No correr da viagem, neste vago deserto,
E tudo preso dentro do peito,
Querendo sair formando correntes,
Palavras presas por entre os dentes,
Amontoadas na tinta da pena,
Quietas não apertadas num teclado,
E eu assim quieto, mudo e calado,
Sufocando sobe o fogo que em meu peito arde,
Por querem a mentira e só sei dizer verdade!


Alberto Cuddel

Corrente!



Correm velozes as palavras,
Esquecidas na memoria,
O ontem que passou,
O amanha que há-de chegar…

Correm velozes as palavras,
Rodopiando nas quedas,
Devagar nas planícies,
Saboreadas nas albufeiras…

Correm velozes as palavras,
Na paixão do momento,
Na ânsia do reencontro,
Caladas no beijo,
Gritadas no prazer…

Correm velozes as palavras,
Até que chegam ao mar,
Se diluem, se deixam ficar,
Mordidas por peixes vorazes,
Esfarrapadas, despedaçadas,
Levadas pela corrente,
Subindo ao gelo polar…

Correm velozes as palavras,
Esquecidas na memoria,

De quem já soube amar!



quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Sombra!

Depois do hoje que nada ficou,
Aqui me tens assim ficou,
A sombra da imagem do homem que fui!
Perdi palavras que ontem escrevi,
Extinguiu-se o fogo que a alma consome,
Vontade perplexa de expor o desejo,
No tempo na ânsia de a ti encontrar,
Dar-te o meu ser a ti me entregar,
Musa minha que minha vida levas-te,
Espalhada nas linhas de um triste papel,

Vazio de mim de um todo sentir!

Alberto Cuddel®
 

beijo!

No silencio do teu quarto,
Teu cheiro no ar,
Tua ofegante respiração,
Chamando desejo, querendo paixão,
Lábio mordido,
Olhar sedutor, chamando, querendo, implorando,
Mãos que se erguem querendo apanhar,
Um corpo contar o teu,
O calor, o abraço, o beijo…
Um toque suave,
O humedecer dos lábios,
Duas línguas gladiando-se mutuamente,
Num abraço profundo calando as palavras,
Pronunciando desejo, electricidade corporal,
Atracção carnal, mãos inquietas,
Querendo, percorrendo tacteando o desejo..

E eu aqui desejando tão somente a doçura do beijo…

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Adeus palavras até depois



Adeus palavras até depois,
Rimos e choramos juntos,
Sofremos e nos apaixonamos juntos,
Pus em ti as minhas angustias,
Partilhei minhas alegrias,
Falei-te da aurora, do por do sol,
Do amor, da paixão, do desejo,
Da força de Deus, da desilusão,
De um tudo e de um nada,
Mas a hora chegou,
Entre vós e eu,
Eu escolho-me a mim!
Adeus palavras até depois,
Espero regressar um dia,

Há vossa mais que amiga companhia!




terça-feira, 16 de setembro de 2014

Entrega sem condições!

Assim te dás,
Em corpo e alma te entregas,
Cega no teu amor por meu desejo,
Amarada na minha teia de sedução,
Projetas teu corpo, na busca do toque,
Desejas, crescente ardente ofegante,
A cada toque na suavidade de tua pele,
O crescente ritmo da batida de teu coração,
A cada palavra adivinhação do gemido,
A cada beijo um arrepio sentido,
Crescente ardente, fogo que chama,
Imploras, que te envolva, num abraço profundo
Que te tome nos braços, que te eleve ao sentir,
Que te possua, que te tome como minha,
Quente fluido, que jorra da alma,
Na explosão do sentir, que da entrega transborda,
Abraçados no nada, do tudo que os uniu!

Albert Cuddel


www.facebook.com/escritanoface

domingo, 14 de setembro de 2014

Folhas caídas, palavras fora de tempo!


Folhas caídas no chão,
Agitadas pela brisa do sentir,
Espalhadas pelo caminho da vida,
Forrando o chão,
Secas nas cores outonais,
Quais palavras perdidas na memoria,
Ditas e proferidas fora de tempo,
Rasgando e partindo sob o peso do nosso caminhar,
Folhas, quais palavras que no ferem a memoria,
Que nos acompanham no andar,
Que nos ferem e nos rasgam a pele descalça,
Ate ao nosso esquecimento,
Folhas quais armas, que as palavras transportam,
Se caídas fora de tempo!

By: Albert Cuddel



sábado, 13 de setembro de 2014

Partida!

Partida
 
Assim te deixo,
Deixando em teus lábios a saudade do beijo,
Levando no corpo memória de tua pele,
Nas mãos teu cheiro, nos olhos uma lágrima,
Que brilha no terno desejo do regresso:
Ao calor de teu corpo,
Ao prazer de teus lábios,
Ao fulgor desmedido de um abraço,
Ao ritmado balanço dos corpos,
Despidos num elaborado bailado,
Ao querer fazer parte de ti, por inteiro!
Sem tempo, sem relógio!

Só eu, Só tu, Só NÓS!
 
Alberto Cuddel®


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Fobia da noite!



Renasço das gélidas trevas,
Dos medos, angustias e desilusões,
Na luz me escondo da essência do erro,
Do muito desejar algo inatingível!

Assim me encontro entre dois mundos,
Na noite a desilusão, a tristeza, a melancolia,
No dia o sonho, o desejo de uma noite bem dormida!

Apenas quero desligar, apagar tudo e ficar,
Na imobilidade do local, não esperando nada,
Não desejando nada,

Apenas eu no silêncio perfeito do meu pensar!
 
Alberto Cuddel®

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Tristeza absoluta!

Há momentos assim,
Do nada, sem que o desejemos,
É um dormir atribulado,
É um coração sobressaltado,
É a meio da noite ficar acordado,
É um acordar com o coração apertado,
Um sentir uma profunda tristeza,
Um não querer levantar,
Um apenas ficar sentado,
No silencio, na solidão,
É um vazio,
É uma saudade,
É querer gritar sem ter nada para dizer,
É querer tudo,
Sem realmente nada querer…

É estar apenas triste porque sim…


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Te ofereço meu tempo!

Hoje,
Por breves momentos,
O tempo foi teu por inteiro,
O mundo lá fora parado estava,
Nada mais havia, apenas por ti interessava,
Mulher que preenches meu leito,
Que pões e dispões do meu tempo,
Fazendo os problemas esquecer,
Nós, só nós… Nada mais…
O deitar, o adormecer no meu peito,
Embalada pelo compassado ritmo,
Do bater do coração,
Querendo sair do peito,
Para em tuas mãos repousar!
O não adormecer,
O deixar-te descansar,
O sair da cama,
Passar a noite a vaguear,
No silêncio do lar…
Esperando o teu vagaroso acordar,
Trabalhando no sonho a arte de amar!

Num beijo intimista,
Nasce o desejo que te conquista,
Te faz flutuar,
Te deixa esquecer,
Que o mundo lá fora continua a girar,
Não há problemas, tudo se dissipa…
No bailado dos corpos,
Nas nuas almas, que se dispõem amar…

Nas quentes palavras,
Nas caricias trocadas,
Nos beijos roubados,
Nos abraços apertados,
Nas fantasias dispersas,
Nos ensaios reais,
Nos corpos suados,
Nos lençóis trocados…

Fazemos amor no mar do olhar,
No calor do sussurro,
No quarto, na cozinha,
No desejo que se avizinha…

Com o tempo a passar,
Assim podemos lembrar,
Quando de casa saímos,
Vendo de novo o mundo girar,
Porque apesar de te Amar…
Tenho que ir trabalhar…