quarta-feira, 30 de abril de 2014

Assobiar para o lado!

Em quantos dos teus irmãos viste,
Publicado um surdo grito de socorro?
E continuas a assobiar para o lado?
Quantos do teus amigos te enviam sinais,
Pedidos de socorro desesperados,
E tu segues inalterado o rumo traçado!
E tu? Quando pedires, quando gritares,
Quando estenderes a mão em sofrimento?

Que esperas encontrar?


Partilha social

Olhares que não se cruzaram,
Ouvidos que palavras não ouviram,
Lábios que não falaram,
Pés que juntos não caminharam!

Sentimentos partilhados,
Desabafos entendidos,
Ideias transmitidas, meditadas,
Compreensão, força e animo

Partilhado dia-a-dia,
Na distancia do oceano,
Olhares que se iluminam,
Que brilham, se humedecem,
Sem que partilhados sejam,
Olhares perdidos e compreendidos,
Por entre difusas palavras,

Num qualquer rede social.


segunda-feira, 28 de abril de 2014

A tua vida!

Amanhecer,
Madrugadores raios de sol,
Tocando coração inquieto,
Da duvida persistente,
Entre o Amor e a Gente!

Reconfortante sono,
Bailado ritmado,
Do sonho abandonado,
Por amor a seu Patrono!

Novo dia,
E que dia,
Nascer de novo,
Fazer de novo,
Amar de novo,
Acreditar de novo,
Que a felicidade,
Não esta no brilho do Sol,
Que todos os dias se apaga,
Mas bem dentro do peito,
Um amor que se afaga!


Porque sim....

Escrevo por que sim.... Sem interesse ou pudores... escrevo para ti que lês, mas existencialmente por mim... Despejando e desabafando o que preso está em meu peito, que aqui solto, não pode ser aprisionado...
Escrevo para que saibas, que soltas são as ideias, que as palavras são cadeias, do desvario pensamento...
Escrevo abrindo a ti o coração, deixando em tuas mãos o destino das palavras...

Desvarios nocturnos por: A. Alberto Sousa


domingo, 27 de abril de 2014

O desejo

O desejo cresce em mim,
Qual noite ao por do sol
Sem dar conta, sem saber. ...
Os raios espraiados,
Por essa praia... 

Quero-te...
Rumar sem destino,
Por entre encontros de paixão ardentes...
Sentindo o calor tocar nossas faces...
Olhar abraçados o vermelho solar de abandono...
O nascer da escuridão...
Rasgado pelo brilhante luar desse corpo celeste.. 

Quero-te, a ti mulher...
Que minhas noites preenches .
Com o brilho do primeiro dia .
De ti me afastei.
Para me encontrar novamente...
Qual sol nascente...
Com mais Luz, mais calor. ...
Na mais ardente das paixões... 

Todo o tenebroso passado,
Apagado... Como escrito na areia...
Que uma onda apagou a sua majestosa passagem...
Nasci novamente... 

Vamos sem destino celebrar. ...
Paixões, desejos...
Sem pudores. ...
Rolando na imaculada areia...
Onde o tempo se perde...
Com o céu onde cores indefinidas se misturam...
Vermelhos e laranjas...
Azuis…
Correremos lado a lado...
Com a brisa batendo em nossos corpos... 

Correremos vales e montes...
Planícies.
Anunciando ao universo o nosso amor... 

Quero-te...
Me entrego a teus caprichos de corpo e alma... 

Quero-te...
Sou teu, e apenas teu .
Quero partir... Contigo em destino...
Rumar ao por do sol.
Amar…

Lousado, 04 de Agosto de 2002

Estou farto de Ti,


Estou farto de viver!
Estou farto de comer!
Meu desejo puro e sóbrio, morrer!
Aspiro toda a perfeição do sono eterno,
Capacidade pura e simples do não movimento,
As trevas obstruem o meu pensamento,
Busco em Platão, a transcendência e lucidez,
Deslumbramento e capacidade,
De pura destruição,
Violência e altivez,
-MAR-
Procuro sentido do Perdoar!


Porto 12/11/1994

sexta-feira, 25 de abril de 2014

25 perdido!

Nostálgica liberdade,
Pelo povo desejada,
Militares ensaiada,
Na rua conquistada,
Na voluntariedade de agir,
Esquecida nos pais,
Moribunda nos filhos,
Dos netos desconhecida!

Liberdade esquecida,
Que de consciência não se faz,
“Alguém” que por mim fará,
Aquilo que deixei de fazer….

Sangue novo saído,
Ao estrangeiro impingido,
Perdida a jovialidade,

Desta pobre liberdade!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Subtraído...

Esvaziaste inteiro todo meu ser,
Arrancaste o que melhor havia em mim,
Deixaste-me sombrio e vazio,
Sombra do homem que outrora fui,
Roubado que foi o sonho da vida,
O Amar alguém sem medida,
A caminho de um destino incerto,
Caminhando a direito levado pela vida,
Sem vontade, sem destino, sem projectos,

Sem desejos, sem sonhos…

terça-feira, 22 de abril de 2014

Lutar contra gigantes!


Na solidão da demanda,
Luto solitário contra gigantes,
Qual Adamastor ou moinhos de vento,
Luto contra gigantes ocultos no interior!

No humano interior escondidos,
Recalcados pela crua educação,
Alimentando-se de tabus, preconceitos,
Gigantes que te impedem de viver!

Busco forças no exercito alado,
No oceano, no outro lado,
Peço paciência, compreensão,
Mas para que?
Gigantes esses que te impedem de ver,
De ouvir, de sentir tua vida a fugir!

As forças vão faltando,
Desgasto pela solidão,
Desta batalha inglória,
Contra a trave do olho,
ruído surdo da multidão,
O pensar pela razão!

Solitária demanda esta,
Sem um fim a vista,
Sem que ninguém se magoe,
Em que ou morro eu,
Ou morrerá a besta!








quarta-feira, 9 de abril de 2014

Pausa!

Singelo movimento,
Abrir os olhos no momento,
Bater de asas no firmamento,
Espero, anseio inquieto,
O parco lapso de tempo,
Em firme sentimento,
Decidido a cada momento!

Belo, solto e natural,
Um bater de asas em liberdade,
Te entregas e te dás na verdade,

No descanso do conforto da saudade!

domingo, 6 de abril de 2014

Meu louco Desejo!



Meu louco desejo,
Longínquo horizonte,
Perdido gelado beijo,
Memórias de ontem!

Sonho acordado,
Libidinosos desejos,
Num beijo roubado,
Suaves quentes bafejos!

Suave e quente corpo,
De terno e louco tremor,
Pelo da brisa o sopro,
No querer, o Amor!

Louca união,
De manifesto prazer,
Entrega una e plena,
No fundo apenas o crer!

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Entediante pensamento!



Cansado da solidão do pensamento,
Vivendo e desgastando-me por dentro,
Na corrida perdida contra o tempo,
Desfilando palavras soltas no engodo,
Do engano sofredor do eterno perdão,
Lançado pelo desespero da busca da perfeição,
Buscando e redescobrindo o eterno modo,
De na macabra e entediante dificuldade,
De na solidão encontrar uma saudade,
Do conjunto dos tempos de felicidade!


Eterna contradição perdida da memoria,
Num conflito interior de um pensamento,
Numa desfasada e nefasta ideia premonitória,
Que nos leva a este inevitável momento!

Revolvo passados agindo pelo futuro,
Conforto de pensamento limpo e puro,
Por um presente em tudo diferente,
Vivido rodeado por muita outra gente!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Permite-me que te ajude....

Como me desiludem os “Homens”,
Mentalidade fechada e tacanha,
Fechados na sua formatação,
De centralizar o nós no seu umbigo,
Pondo todos à sua volta em perigo!

Fechados,
Amarrados,
A um tempo que não é o seu,
Refugiando-se na sua destruição,
Não vendo que seu problema, também é meu,
Não abrindo de par em par seu coração,
A um amigo, a um irmão,
Fechando-se escondendo a mão,
Para que não possa ser ajudado,

Com medo de ser julgado….