quinta-feira, 30 de abril de 2015

Card By Alberto Cuddel


Card by Alberto Cuddel


Lágrimas de sangue


Rubras pétalas derramadas em sangue,
Amor mal cuidado, quase perdido,
Delírios de homem coração infame,
Orgulho ferido, em solidão sentido,
Erro vergonhosamente assumido,
Corre uma lágrima sob meu rosto,
Espinho cravado, coração colocado,
Sangrando atroz no teu sofrimento,
Homem que chora, agora renascido,
Perdoado que fora, arrependido,
Do sul e do norte, renascido da sorte,
Nascido do ventre, das garras da morte,
Ser sublime, mulher de humilde razão,
Deusa do mundo virtuoso ser,
Lágrimas vertidas no simples perdão,
Cravadas a ferro na fénix nascida,
Falha perdoada, mas nunca esquecida!
Nascidos de novo na rosa da vida,
Perfumadas noites, no novo amar,
Não há ter nem ser, apenas o dar!


segunda-feira, 27 de abril de 2015

Amor erotico!


Amor erótico,
Cansado das palavras delirantemente quentes,
Quero na aurora do dia em teu corpo nascer,
Mãos desvendando segredos das nossas mentes,
Fuga anunciada de ti envergonhada lua,
Força do querer em te possuir, em te ter,
Despojada do erótico despir, assim nua,
Universo que desperta na fogosa cama,
Entrega plena do beijos luzentes da alma,
Homem de ansias vorazes, firmes e capazes,
Que a ti se entrega no louco desejo
Não pelo sexo, mas pelo amor de um beijo,
Explorando o sentir de teu corpo,
No jorro da alma, no sincronizado bater,
Corações que se unem em movimento,
Mãos que me prendem dentro de ti,
Louco sou, assim me perdi,
No ventre beijado, abaixo amado,
Lábios sedentos de mel do teu ser,
Amor não é apenas sentir, preciso fazer,
No louco gemido gritado no tempo,
O dia nascido manhã adentro,
Corpos suado, fumegantes lençóis,
Gozo supremo, suspiros infinitos,
Assim enrolados, quietos ouvimos,
Corações batendo, conversando sozinhos!

http://infinitamente-nosso.blogspot.pt


domingo, 26 de abril de 2015

O tempo que tenho!

 
 
Perguntam:
Perguntam ao tempo que tenho,
Porque perco tempo com o amor,
Sem olhar ao mundo ao meu redor,
Na beleza das Flores,
No canto dos pássaros,
No azul do céu,
No cristalino mar?
Tudo muy fácil de explicar,
No teu perfume o odor da primavera,
Na tua voz o doce canto,
No teu olhar o mar onde me perco,
No teu sentir a importância do dar,
Na tua ausência a solidão,
Na tua presença a paixão,
No teu sonhar a ilusão,
Em ti as palavras me realizam,
Em ti o amor da entrega no madeiro
A promessa, a salvação,
Em ti o pecado não faz sentido,
O desejo é permitido!
Em ti sou, existo,
Sem ti sou extinto!
Nada mais faz sentido!
 
Alberto Cuddel
 


Um tedio de Pensamento

 
No tédio das palavras que não galopam
Apertadas pelo chicote da imaginação
Picadas pelas esporas do pensamento
Espero puras substâncias que dopam
Momentos de puro êxtase e excitação
No já agora, ou dentro de um momento!
 
Mordaz querer nas longas noites escuras
Cinzento luar, lobos que se silenciam,
Sono ausente nos trabalhos forçados
Ruas vazios, calçadas negras e puras,
Candeeiros apagados que não refletiam,
Cães vadios que ficam apenas deitados!
 
Raiva aparente na distante vontade,
Pensamento que voa em plena cidade,
Voltas perdidas sem conta aparente,
Longos passeios no quarto ausente,
Insónia forçada no meio de gente,
Distante, cansada, de cama decente,
Tempo perdido pensando em rimas,
Acordado pensando nas últimas,
Palavras que debito sem um sentido
Sentado no nada maltratado juízo,
Martelado ruido de longínquo gizo,
Telefones prementes anafado ruido,
Silencio da noite assim poluído,
Correndo ao leito assim repousar,
Fazer este pensamento assim acabar!
 
Noites longas, escuras sem fim
Ficar acordado obrigado assim
Trabalho distante, na ignorância da noite
Por ti que dormes ignorando o acoite
No descanso no dia onde não dormia
Pelo ruido que em casa o vizinho fazia
Deitado na cama em dias de sol
Dormir na solidão do gélido lençol,
Que por ti clama na saudade do calor,
No terno feitiço que separa o amor!
 
Alberto Cuddel
 

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Espelho!




Tocasse eu o reflexo do teu corpo
Na gélida margem da realidade
Fizesse eu tarde do teu leito
Contorcionismo arqueado do teu ser,
Lençóis fumegantemente perfumados,
Perfume do amor em nossos corpos!
Fosses imagem refletida,
Desejo espelhado no sonho
Realidade ansiada, simétrica de ti
Toque na alma sedenta, havida
Do querer possuir em ti
A fonte do prazer supremo
Realização do amor
Platonicamente sentido
Refletido em ti
Habitante do meu ser
Embriagues das noites solitárias
Saudade arrepiante da minha pele
Sinto-te em mim,
A cada momento
Meu olhar toca o infinito
Mundo que habita o meu corpo
Elevando o meu querer!
 
Alberto Cuddel
24/04/2015
Sedução e Erotismo – 16
 

Card By Alberto Cuddel


segunda-feira, 13 de abril de 2015

O beijo,



Troca física do sentir,
O calor dos lábios,
A loucura da língua…
As mãos trémulas de desejo,
Inquietas vagueiam pelo teu corpo,
Desnudando tuas formas,
Despindo a alma,
Crescente querer,
Num arrepio de prazer,
Nos colamos,
Na louca fúria da vontade,
Do saber que na verdade,
Nunca fomos dois,
Mas uma só vontade,
Um só querer,
Deleite supremo da união,
Sincronizadas batidas,
Do acelerado coração,
Assim te quero,
Na loucura da paixão,
Do saber do sentir,
Se torna carnal,
No mais puro desejo animal…


Alberto Cuddel



Card´s




sábado, 11 de abril de 2015

Alberto Cuddel - Porra nada acontece,




 

De ontem nada,
Registro limpo de memória,
Entre portas e janelas
Não há vista que te vislumbre
Chegada que te aguarda
Criação esperança em ti inspiração
Revolve cortinas de fumo
Perfeita visão da rima na falta
Certa palavra na rima que salta
Tudo ou nada enfadonho
Rodo a mesa e cadeirão
Procuro de pé um chão
Palavra firme na revolta
Brilho lustroso na volta
Sentir louco e incerto
Não sabendo hoje longe
Ontem fora tao perto
Revolta fingida no certo querer
Desejo oculto envergonhado
Realizado no escuro acabrunhado
Escondido no silêncio oculto do sofrer
Revolvo nas voltas entre janelas e portas
Escrevendo na ausência
Palavras em tortas linhas
O Deus que me dês paciência
Não meras palavrinhas!
 
 

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Alberto Cuddel - Noites indignas,







Noites indignas,
Da força se fazem dia
Ninguém descansava
Ninguém dormia,
O tempo assim passava
No trabalho, o sono fugia
As pernas tremiam
Do cansaço do dia
Onde os olhos não dormiam!
Há noites malditas,
Turnos barulhentos
Vida de trabalho
De suor, de sacrifício
Onde as noites, as ditas,
De olhos fechados sonolentos
No regresso que suplicio,
Ver de longe nascer o dia,
Usar tudo o que sabia,
Mais um pouco e já caia,
Do cansaço, da fadiga,
Num abraço, caímos no leito
Eu abraçado, teu corpo rodeando
Tu com a cabeça no meu peito,
Caímos no sono, novo dia sonhando!
 
Alberto Cuddel
 
 


sexta-feira, 3 de abril de 2015

Pastor,


Que despojado se ajoelhou aos pés do homem
Que serviu e lavou os pés a seu servo
No exemplo profundo de humildade
Mostrou o caminho a toda a humanidade
Na terna e fraterna caridade,
Por nós se fez sofrer, para nossa salvação,
No sofrimento da tortura do rubro manto
Na espinhosa coroa do desencanto
Nas quedas do caminho da Paixão
Na ajuda do de Sirene, o Simão
Cravado a ferro no seu trono
Por outros dois acompanhado
No madeiro cruzado do abandono
Onde bradas-te aos Céus
Para salvação de todos os teus,
Senhor em ti reconheço
O verdadeiro Filho De Deus!

Alberto Cuddel