Assim estou quieto,
Lá fora o vento,
Varrendo as ruas,
Remexendo,
Arrancando as velhas folhas,
Paginas do passado,
Num vai e vem assobiado,
Relembro o ontem, o dito
O escrito, e o vento lá fora,
E eu aqui aflito,
A chuva, que violentamente,
Num acto suicida,
Atirasse continuamente contra a janela,
Há doce quietude,
Calor que me envolve o ser!
Imobilidade,
O corpo preguiçosamente recusa,
Uma obediência pensada,
O ser retirado da cama,
Há quietude, que preguiçosamente
Aqui me mantens, vitoriosa no teu querer!
Pula, sai, avança...
A vida te espera,
Deixa de ser criança,
Mas... Por favor,
A vida, perdesse,
Deixa de ser vida,
Se quieta, definha,
Que imóvel não cria,
A vida é vida no movimento
Perpétuo das palavras!
Acorda, levanta, vive a vida!
31/01/2015