quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Rua,



Rua deserta esquecida no nada,
Noite vai alta, a porta esta fechada,
Pé no chão, calcando calçada,
De baixo da arcada, saudade vazia,
Não há chão, comida nem nada,
Corre adiante um pouco apressada,
A noite que vem, assim vem gelada,
Passado que tolhe a corrida sem destino,
Não há porto de abrigo, nem porto seguro,
Abandono total, liberdade escolhida,
Aqui nesta rua, ou no cemitério estendida,
Ninguém dá por mim, nem é festa nem nada,
A rua deserta é a minha morada!

Alberto Cuddel
15/01/2015

Photo by: http://vferreira.no.sapo.pt/imagens/vf003.jpg

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