Nesse
mar onde me perco,
Nas lágrimas que fiz brotar,
A
profundidade do ser,
Onde
vejo teu sonho,
Onde
me vejo amar,
Vejo
tua alma por dentro,
No
puro e cristalino olhar,
Espelho
de meu rosto,
Gravado
no prazer de ver,
De
sentir, de ser amado,
Tudo
isso vejo, ao olhar-te deste lado,
Na
profundidade do mar,
Que
transbordou, assim estou,
Olhando,
teus olhos,
Implorando,
para que o teu olhar,
O
meu encontre, na verdade da saudade,
Onde
meu erro os fez jorrar
Lágrimas absurdas, por quem não te merece,
E
mesmo assim na tristeza do sentir,
De
mim, no teu mar, meu olhar padece,
Sofrimento
atroz, no sentir diário,
Onde
foi, porque fui, podendo fugir,
Olhar
esse que agora me encanta,
Nó
na garganta que me impedia de gritar,
A
verdade que em meu peito guardava,
Que
agora foi descortinada,
Como
um farol surgido do espesso nevoeiro,
Onde
no varandim esguio gritou o faroleiro,
Declamando
escrita a verdade da ilusão constatada,
Agora
conhecida, agora perdoada,
Possa
agora repousar, na certeza de em teu olhar,
Possa
agora finalmente ver espelhada a vontade de te Amar!
Alberto
Cuddel
14/01/2015
Palavras
Desconexas -65
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