sábado, 28 de fevereiro de 2015
Roubo, a intelectualidade perdida!
Estamos intelectualmente falidos,
Dando,
usurpando e partilhando,
Sem produzir
conteúdo próprio!
Com medos e
receios de nos darmos conhecer,
Por nossas
palavras, sentimentos, ações e saber,
Sabendo que
errado é o contrario de certo,
Fazendo de
nossa vivência terrena um livro aberto,
Iluminando o
negro sentir, deprimidas palavras!
Palavras
soltas, atiradas, arremessadas num mural,
Minhas,
tuas, sem copias, originalmente sentidas,
Fingindo sentir,
o que a realidade obscura oculta!
Nisso já não
tenho pudores, com as palavras brincando,
Me dando a
conhecer, vou com outros sonhando,
Que com
prosas e versos meu mundo vai mudando!
Alberto
Cuddel
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Confiança!
A escuridão que envolve por inteiro o meu ser,
O silêncio preenche todo o teu espaço vazio,
Quebrado pelo som dos finos saltos de agulha,
Que firmes pisam o soalho de carvalho polido,
No firme, sensual, decidido e compassado andar,
Com que me torturas na ausência e privação do sentir!
Aqui na profunda angustia da imobilidade,
Não vejo, não toco, não sinto, apenas o som,
Saltos pisando o soalho, deténs-te no silêncio,
Tua respiração profunda, quente em minha nuca,
Aceleração, o profuso desejo do toque, ânsia,
Silêncio estilhaçado, por um som, um único som,
Conhecido, desejado, almejado, inconfundível,
E o calor, a pele queimando, fervente sangue,
E voltas, martelando o meu querer, um após outro,
Nos compassados passos, de teus saltos no soalho!
Privação opulenta dos sentidos, aflorando o floreado
Sentir do toque, despertando cada poro, cada pelo,
Assanhando o desejo de estar em ti, na sintonia
Idealizada do movimento perfeito apenas pelo querer!
No silêncio nem uma palavra, uma imagem, um querer,
Apenas vontade, som, desejo, fervilhante tortura,
Sou teu, conhecimento, confiança, sem medos
Entregue à tua absoluta vontade de Amar!
Alberto Cuddel
27/02/2015
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
E o mundo parou,
A noite caiu la fora,
O silêncio trancado,
Na fechadura da porta,
Aqui e agora, só nós existimos,
No profundo olhar,
No toque da memoria,
Na luz reflectida por tua pele,
Eu e tu, na solidão do espaço,
Todo preconceito, todo pudor,
Trancados do lado de fora,
Despidos de nós mesmos,
Procurando a entrega plena,
Da magia do ato de amar,
Um só corpo formar,
Sincronizar movimentos,
Batidas, pulsares,
Gemidos…
Deleite supremo…
Sincronização absoluta…
O eu, o tu?
Que importa…
O prazer único,
Sentido… gritado…
Envolventemente gemido…
Alberto Cuddel
23/11/2014
Palavras Desconexas - 18
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
Perdidas Palavras
Perdidas palavras sem sentido,
Que nos fazem adivinhar o querer,
Fuga anunciada da imaginação alinhada,
Correndo na areia molhada,
Brisa no rosto, espuma arrebatada,
Sol caindo no horizonte,
E eu aqui em queda preso a ontem,
Ruminando sentimentos,
Remoendo por dentro,
Pedras que quero esquecer,
Que debaixo dos pés contínuo a manter…
Caí, saí…
Abandona-te ao presente,
Solta-te
Faz-te gente….
Ama,
Se diferente…
Esquece…
Agora,
Sim…
Ama por ti…
Sem as amarras das palavras,
Que nos tempos passados,
Te condicionavam como vassalos,
De um senhor que te amarrava…
Na cruel mentira traída!
Alberto Cuddel
17-11-2014
Palavras Desconexas – 1
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Sonhando a paixão!
Repleto de memórias reais, vividas…
Nossos espíritos se acompanham num ritual sem tempo,
Nos confins da intima essência,
Lasciva atmosfera que nos prende,
Com tremendas aragens libidinosas…
Neste amor onde pairam rosas que se dissolvem,
Como espuma marítima, junto à praia..
Sonhamos enrolados de pétalas espremidas…
Gritando a colorida essência do prazer,
Sonhamos a noite com um único propósito…
A saudade,
Sinto tua falta como o ar que respiro,
Juntos formamos um só corpo, Sol e Lua…
Amor cego e luminoso,
Amor translúcido ao breve olhar…
Amor que nos faz viver,
Amor que dói, por não te ter,
Uma chama que consome o nosso espírito,
E nos leva à loucura…
Então uma lágrima de meus olhos nos teus rolou…
Lágrima que no tempo não perde o brilho,
Que pelo vento que nos separa, e faz sentido…
Nós condenados,
Que nos primeiros raios de sol,
Nos fundimos, nos tocamos…
Vivendo a eterna ilusão,
De sonhar a realidade,
Em ti que na noite sonho a verdade,
De te oferecer as palavras,
Ternas e meigas, que te libertam da saudade,
Amo-te!
Alberto Cuddel
Retorno
No olhar transporta o sonho,
Na noite se
perde o sonhar,
Espera novas no
barulho do mar,
Mares que à
terra o façam chegar,
Distante país, de
longe a navegar,
Espuma do mar,
ondas a quebrar,
Longas noites
perdidas no luar,
Olhares que se
cruzam,
Saudades
ausentes,
Quentes palavras
por entre dentes,
Soltos gemidos, quentes
sentidos,
Que o homem fazem
jorrar!
Decidiste
entregar-te cegamente,
Sem duvidar
apenas a mim,
Dás-me a tua
alma, teu ser,
Pelo meu, pelo
teu prazer,
Sonhos contidos,
Sentidos,
gritados e gemidos,
Prazeres sem
fim,
Entregas a alma,
o ser, o corpo,
Por amor, por
vontade,
Pelo verdadeiro
sentido do ser,
Verdadeiramente
de alguém,
Sim, sei que
sim...
Em minhas mãos
te tomo,
Não apenas como
minha,
Mas para que na
verdade,
Possamos ser um!
domingo, 15 de fevereiro de 2015
Dor de Amar!
Na solidão,
Na saudade,
Na distancia,
Na ausência,
Não me vês,
Não me sentes,
Mas estou,
Como sempre,
Onde quero estar,
A teu lado,
Apoiando,
Consolando,
Segurando,
Confortando,
Quero ser,
Quero estar!
Quero que sintas,
Que me dói amar!
Alberto Cuddel
Vontade
O frio da noite,
Que me desperta,
Que me inquieta,
Que faz o sangue
Correr descontrolado
Coração contraído
Passo apertado
Correndo apressado
Em direção a nada
Busco na noite
Luar perdido
Sonho contido
O teu despertar,
Leio os lamentos
De outros momentos
Tidos atrás
Mas sigo adiante
Neste mesmo instante
Que embora distante
Quero encontrar!
Forte pulsar
Querendo sair
Do peito saltar
Na forte batida
Ofegante querer
Lento gemer
Que é respirar
Quente bafo
Na pele arrepiada
Que a mente prepara
De em ti pensar,
Corro na noite
A forte vontade
De partir sem saber
Se quero voltar!
Alberto Cuddel
Asas
Nas asas com que te envolvo, que estendidas quisera,
Levantar voo e rumar, ao teu certo aconchego!
Meus braços, meu ser, um único querer,
Minhas frágeis asas que me prendem há vida,
Levada no sonho, rumando na saída de mim,
Nas asas com que te envolvo, que estendidas quisera,
Desejo, o querer do teu perfumado toque,
Num húmido e quente beijo, no ardente sonhado desejo!
Nas asas com que te envolvo, que estendidas quisera,
Que me prendem há vida, e me levam em quimera!
Alberto Cuddel
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Sonho corrido!
Poesia,
Gritos ecoam por entre neurónios entorpecidos,
Dormentes do cansaço, as palavras que rodopiam,
Doem mastigadas, impeditivas do repouso, do dormir,
Reescrevo vezes sem conta todos versos já escritos!
Palavras,
Seguem compassadas numa absoluta perfeição,
Nascem, uma após outra e seguem a sucessão,
Formando orações, frases, versos, poemas intermináveis!
Amor,
Combustível que me move, na vontade de seguir,
Elo inabalável da vontade de permanecer na união,
Na total comunhão da alma, compreensão dos corpos,
Fio condutor da linha da vida, partilhada na imortalização,
Das palavras decididas, assumidas no desejo uno!
Queda,
Solidão momentânea na tristeza que inunda o ser,
Imobilidade, sem desejo, querer ou vontade,
De se mover psicologicamente para longe do abismo,
Curiosidade mórbida de entender a mecânica
Do passo em direcção ao nada!
Fuga,
Corrida a passos largos sem sair do lugar,
Escondendo fino desejo de parado ficar,
Tudo roda em tua inquieta permanência,
Apenas o sonho te leva para longe deste lugar!
Sonho,
Ai o sonho,
Se sonho durmo,
Se durmo descanso,
Se descanso posso parar,
Se paro para quê mais pensar,
Se não penso para quê mais escrever,
Intermináveis versos sem sentido, num sonho agora tido!
Alberto Cuddel
Asas da noite.
Negras asas
Que negras penas me envolvem,
Me arrebatam, me tolhem
Sem fuga num voo assombrado
De onde nem a caçadora
Armada do arco alado
Me arrebata o sentir,
Sinos arrebate,
Dispersão absoluta,
Queda freneticamente anunciada…
Deixo-me cair,
Assim,
Do nada,
O ar da noite,
Arrebanhando-me a face,
Lá em baixo,
Na terra,
Ninguém me espera,
E caio,
Onde pensavas que vivia,
Já nada mais existia,
Que não fosse
Um pequeno
Amontoado
De matéria orgânica!
Para que acordar?
Sírio de Andrade
13/02/2015
Gritos da Noite-3
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Apenas uma rosa!
Por entre pétalas, nosso dias,
Preludio de noites esquecidas,
Momentos passados, eternizados,
Impregnados em tua pele,
Gravados no auge da loucura
Memória? Sonho presente a cada hora,
Felicidade jurada, decidida a dois,
E eu quieto, aninhado no teu peito,
Desflorada madrugada, acordados no raiar,
E assim do nada, apenas abraçar,
Memória escrita, sofrida em nós,
Rosas do nosso longo viver,
Nascidas, forjadas, no duro caule
Verde na esperança, nos espinhos da vida,
Nas verdes folhas, de onde caem secas
As daninhas, que o tempo apagou,
Até aos estames, apogeu do sentir,
Desfolhando pétalas sem fim,
Veludo da tua perfumada pele,
Frágil, carente, cuidada, amada!
Fada, que nos acolheu, aqui e ali cuidando
Podando, guiando, alguém desconfiando,
Pelos gnomos diabólicos que passando,
Infestação diabólica corrompida do passado,
Dias que agora escrevemos nas pétalas,
Que na vida vamos desfolhando,
E eu?
Apenas carinhosamente aninhado no teu peito,
Porque no fim, no fim somos, como decidimos,
Somos a felicidade que fazemos!
Alberto Cuddel
Memória
Leio e torno a ler as palavras da memória,
De hoje, de ontem, passado sem esquecer,
Memória em mim, que de ti escrevo,
Os braços abertos que te esperam,
O desejo, o vazio, a tristeza, erros,
Agora passado, há sombra da lua,
Novo tempo que construímos,
Vida nova em nós, que abertos esperamos,
Estrelas cadentes que te incendeiam o olhar,
Desejo que desponta, numa palavra soprada,
Sopro de vidas que percorre teu corpo,
E do nada o ontem é passado,
A cada dia de novo, decidido, amado,
Conquistado, a felicidade nasce em ti,
Em mim, na palavra que vive,
Soprada a cada batimento no peito,
Num coração que se ama...
Eu me amo, para te poder amar,
Eu me entrego, para que te possas dar,
Eu palavra viva... Eu decisão...
Eu que escolho ser...
Sou feliz na espera,
Para o reencontro,
Poder escolher a cada dia,
Voltar a escolher-te a ti!
Para memória dos teus dias!
Alberto Cuddel
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Solidão
Desfolho pétalas da noite escura,
Amarroto lençóis em reviravoltas,
Anseio a chegada, demorada, segura,
Esperança vã, distancia do tempo,
Fuga suave delirante mar a dentro,
Partida dos sonhos onde me perco!
Desapego
Perdido nos desejos e sentires nocturnos,
Voz que brada no intimo do meu ser,
Agitando verdes canas agitadas pelo vento,
Assobio profundo da coruja nos beirais,
Inquieto voo das traças na fia luz,
Rumino loucas ideias, quente em mim,
Na gélida noite que se estende,
No abraço contigo, fingindo dormir!
Cheio, completo por favor, a noite segue lenta!
Rebusco o sentir na firme vontade!
Rebusco o sentir na firme vontade!
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
Fome!
Tenho
fome de ti,
Ânsia do teu querer,
Suspeito
no amar,
Desejo
aprofundar,
De
ter, de possuir,
De
provar, de amar!
Tenho
fome no querer,
Tenho
sede do teu beijo,
Pressa
e ardente desejo,
Partir
ao encontro,
Nesse
momento eterno,
Encontro
do querer,
Um
lugar, um ter,
Aperto
de teus braços,
Abraçado
nas palavras,
Atiradas,
trocadas,
Atiçadas,
largadas no ar!
Tenho
fome,
Tenho
sede,
Vontade
de te Amar!
Alberto
Cuddel
06/02/2015
Erotismo
e Sensualidade – 14
Candidato inédito!
Zurrava o burro bem-falante,
Do alto do seu grande palanque,
E o povo contente o aplaudia,
Pior que o que estava ninguém fazia!
Há povo tonto e ignorante,
Levado ao engano por um burro falante,
Promessas de engano, aos montes fazia,
Ao poder chegado sabia que não cumpria!
Há esperto burro falante,
Do alto do seu palanque,
Assim enganas o tonto povo oprimido,
Dizendo o que o ouvido queria,
Só o voto interessa na urna nesse dia,
Para no poder encher o bolso corrompido!
Assim ao engano, nenhum burro diz verdade,
Pois o povo não entende o que é a liberdade,
De escolher em consciência o que verdadeiro ouve,
Promessas não cumpridas que no passado houve,
Não fazem escola na memoria na hora de escolher,
Quem melhor nos governa e melhor nos faz viver!
Alberto Cuddel
06/02/2015
Ps. E o burro sou eu? O burro sou eu?
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Mar!
Na turbulência das ondas,
Na crista a alva espuma,
Revolta contida,
Espraiada na areia,
Apagado o tempo,
Réstia aflorada memoria,
Sofrer nas ruidosas batidas,
Gritos e palavras ditas,
A calma da baixa-mar,
Reflexos da brancas nuvens,
No azul do teu olhar,
Calma serena,
Perfume de maresia,
Nos poros do teu corpo,
Paisagem de teu corpo que me prende,
Na brisa que embala teus cabelos,
Há vontade de mim,
Que me eleva e me move,
Na dura direção da bolina,
Que na rocha sentada,
Onde quero encalhar,
Em teu delicioso corpo,
Naufragar!
Afogando-me em teu ser!
Alberto Cuddel
05/02/2015
Palavras Desconexas-80
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
A viagem, o meu lugar à janela!
Mais uma vez parti,
Uma viagem de ida e volta,
Levei amor, deixei saudade!
Sim parti, mas voltarei!
Não amanhã talvez depois,
Um dia quando sentires a minha falta,
Ai estarei a teu lado!
Olho à minha volta,
Uma solitária carruagem de comboio regional,
Lugares e lugares vazios,
Repletos de histórias
De amor, odio, paixão e guerra,
Guerras travadas na arrogância das palavras,
Amores de palavras suaves e cheios de hipérboles,
Figuras de estilo e figuras de estilo laçadas ao acaso,
Esperando o sorriso do impacto!
Pouco a pouco, meus lugares vazios vão ganhando vida,
Discussões acaloradas sobre futebol,
Os problemas domésticos,
Algures discute-se filosofia,
Ou a teologia dos leigos!
Do outro lado da janela,
Escuridão, reino das trevas,
Cintilam distantes no firmamento estrelas,
Alheias ao domésticos problemas,
Quem sabe se algumas delas
Já não fazem parte da nossa temporal realidade!
Fixo o meu olhar no outro lado,
Um rio! Seguindo meus passos
(ou os do ritmado rolar da carruagem)
Reflexos infindáveis de luzes,
Vão realizando um bailado
(não o dos cisnes, mas o da luz)
Subitamente,
O regresso das trevas,
Fixo-me nas confusas conversas
Da minha solitária carruagem,
Faço uma pausa,
Olho o infinito…
Quebra, algo me prende o olhar,
Uma menina, dessas das historias de adormecer,
Que ternamente se contam as crianças
A caminho do doce mundo dos sonhos.
Passeia-se pelo corredor,
Mostrando seu dotes de modelo profissional,
Na sua inocente imaginação,
O sujo corredor do fim do dia,
É uma famosa passerelle de Paris,
Espera os aplauso do publico,
(nós meros passageiros)
Sinto-me tentado a faze-lo,
Aplaudir sua beleza,
Não o faço, talvez por timidez,
Olha-me nos olhos
Toda aquela ternura de menina me invade a alma,
Um ataque súbito de timidez
Corre para os braços da mãe.
Sei que devia fazer algo útil,
Mas disparo palavras no papel,
Mas o meu pensamento voa,
Para o recente passado,
Penso nela,
Revejo como em filme todos o momentos,
Que ternamente hoje passamos juntos,
No meio de toda esta gente,
Estou só!
O cansaço abate-se sobre o meu corpo,
Os olhos pesam-me, sono,
Levanto-me passeio-me pelo corredor,
Pela passerelle da minha menina,
Olho à minha volta,
Na vã esperança que ninguém esteja a olhar,
E imito os seus passos,
Caindo no ridículo,
Sinto-me de novo criança,
A quem tudo é perdoado!
Minha pequena modelo me olha nos olhos,
E diz à mãe:
- vês, vês, aquele senhor também é modelo!
Felizmente a mãe não a ouvia resmungando com o marido!
Abro os olhos, sonhava, não abandonara o lugar!
Resta-me a saudade, voltarei um dia…
Para junto de ti, em nova viagem…
Em outro lugar junto à janela!
Algures na linha do Douro,
24 de Outubro de 1993
Alberto Cuddel
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
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