sábado, 7 de março de 2015

Quarto




Na janela do meu solitário quarto iluminado,
Cantam pássaros a solitária canção do acordar,
Parapeito da saudade, no assim ter despertado,
No leito vazio outrora ocupado no ato de amar!

Há, vontade de aqui ficar aninhada no teu calor,
Saudade da copiosa forma de teu corpo em mim,
Querer, vontade, alma minha entregue no teu odor,
Lençóis suados bem amarrotados neste mar carmim!

Que dor esta a da saudade, onde o querer me faz voar,
Perdendo noção do tempo, aninhada no teu leito,
Recostada no calor do teu peito onde me vejo sonhar.

Sol que me aquece a alma nos quentes raios de luz,
No som envolvente da tua excitante e quente voz,
Que nos bons dias, não alivia da triste saudade a cruz!

Alberto Cuddel ®

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